Por Deborah Bloom e Brad Brooks
PORTLAND (Reuters) - Equipes de bombeiros da Costa Oeste dos Estados Unidos enfrentavam nesta quarta-feira incêndios florestais letais que obrigaram milhares de pessoas a sair de casa e encontrar abrigos temporários, enquanto cientistas da Europa rastreavam a fumaça que se espalha em escala intercontinental.
Dezenas de incêndios consumiram cerca de 1,8 milhão de hectares de vegetação seca e matas nos Estados do Oregon, da Califórnia e de Washington desde agosto, devastando várias cidades pequenas, destruindo milhares de casas e matando ao menos 34 pessoas.
Os incêndios florestais, que autoridades e cientistas descreveram como inéditos em abrangência e ferocidade, encheram os céus da região de fumaça e fuligem, agravando a crise de saúde pública representada pela pandemia de coronavírus.
A poluição atingiu níveis históricos em resultado dos incêndios em cinco cidades do Oregon: Portland, Eugene, Bend, Medford e Klamath Falls, informou o Estado na terça-feira.
Cientistas acompanhavam a fumaça à medida que ela se estendia até a Europa. O Serviço de Monitoramento Copérnico da União Europeia (Cams) está monitorando a escala e a intensidade das chamas e o transporte de sua fumaça através dos EUA e além.
"O fato de estes incêndios estarem emitindo tanta poluição na atmosfera a ponto de ainda podermos ver fumaça espessa a mais de oito mil quilômetros de distância reflete como eles são devastadores em sua magnitude e duração", disse Mark Parrington, cientista sênior do Cams, em um comunicado.