Os sindicatos que representam os trabalhadores judiciais do México iniciaram uma greve nacional por tempo indeterminado em resposta às mudanças legislativas propostas no sistema judicial do país. A greve ocorre enquanto os legisladores se preparam para votar uma reforma judicial que inclui a eleição popular da maioria dos juízes.
Os sindicatos divulgaram uma declaração conjunta condenando a reforma proposta como precipitada e uma ameaça potencial ao Judiciário, que eles consideram o único contrapeso ao controle do partido Morena sobre a presidência e o Congresso.
Eles argumentam que as mudanças podem colocar em risco o sistema baseado no mérito que atualmente rege a progressão na carreira dos trabalhadores judiciais.
Com cerca de 55.000 funcionários no judiciário, o impacto da greve pode ser significativo. Os trabalhadores estão se posicionando contra as reformas constitucionais que acreditam que prejudicariam a imparcialidade e a eficiência do sistema de justiça.
O presidente Andrés Manuel López Obrador, que está em seu último mês de mandato, fez da reforma judicial uma prioridade fundamental. O Congresso recém-eleito deve votar a reforma no próximo mês.
Se aprovadas por uma maioria de dois terços, as mudanças constitucionais seriam promulgadas, levantando preocupações entre os investidores sobre o potencial de decisões legais politizadas e as implicações mais amplas para o Estado de Direito no México.
O partido Morena, alinhado com López Obrador, teria garantido os votos necessários para a reforma durante as eleições de junho do ano passado.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.