Por Bruce Tomaso e Jan Wolfe
PLANO, Texas (Reuters) - O fundador e líder do grupo de extrema-direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, deve comparecer a um tribunal federal em Plano, no Estado norte-americano do Texas, nesta sexta-feira, para enfrentar acusações de conspiração sediciosa por seu suposto papel no ataque mortal de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos de Washington.
Rhodes e outros 10 associados ou membros do grupo foram acusados pelo Departamento de Justiça, em um indiciamento revelado na quinta-feira, de conspirar para invadir o Capitólio à força, em uma tentativa fracassada de impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral do presidente Joe Biden em 2020.
Outro membro do Oath Keeper, Edward Vallejo, apareceu em um tribunal de Phoenix para enfrentar acusações de conspiração sediciosa.
Rhodes, de 56 anos, é o réu mais conhecido de mais de 725 acusados até agora por supostamente participar do ataque ao Capitólio realizado por simpatizantes do ex-presidente Donald Trump. O tumulto foi alimentado pelas falsas alegações de Trump de que sua derrota nas eleições foi resultado de fraude.
O indiciamento também marca a primeira vez que os promotores acusam alguém nos ataques de conspiração sediciosa, que pode levar a uma sentença de até 20 anos de prisão.
Rhodes fundou o Oath Keepers, que acredita que o governo federal está usurpando seus direitos. Seus membros são em grande parte formados por integrantes antigos ou da ativa na polícia, serviços de emergência e militares.
A acusação retrata Rhodes como um líder que alertou seus membros para se prepararem para uma "luta sangrenta e desenfreada" para impedir que o democrata Joe Biden se tornasse presidente.