Por Jeffrey Heller e Rami Ayyub
JERUSALÉM (Reuters) - A perspectiva de mais um mandato para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, parecia incerta nesta quarta-feira, já que resultados parciais da quarta eleição nacional em dois anos não projetavam um caminho claro para a vitória.
Embora um resultado oficial ainda esteja a horas, senão dias, de distância, a contagem de cerca de 88% dos votos indicava que Netanyahu, líder do partido de direita Likud, teria que montar uma coalizão improvável que poderia incluir partidos judeus ultraortodoxos, ultranacionalistas e árabes para garantir mais um mandato.
Excetuando quaisquer surpresas dos votos ainda não somados, a paisagem eleitoral criou a probabilidade de mais uma eleição nacional.
A votação de terça-feira veio na sequência de três eleições inconclusivas, nas quais nem o premiê de 71 anos, nem seus oponentes de centro-esquerda conquistaram uma maioria no Parlamento de 120 cadeiras.
Projeções mostram o Likud emergindo como a maior sigla com 30 assentos, menos do que seus 36 atuais. O partido de centro Yesh Atid, comandado por Yair Lapid, aparecia em seguida com 18 cadeiras.
Lapid, de 57 anos, torcia para que houvesse siglas suficientes no bloco anti-Netanyahu para afastar o líder veterano, no poder desde 2009.
Netanyahu alegou uma "grande vitória" na eleição e disse que espera formar um "governo de direita estável".
Normalmente, cabe ao maior partido tentar formar um governo, e isso pode exigir semanas de negociações nos bastidores.
Netanyahu pode ter que cortejar partidos judeus religiosos, além de alguns da extrema-direita e possivelmente até a Lista Árabe Unida (UAL), um partido islâmico conservador que os resultados parciais mostram conquistando cinco assentos.
(Reportagem adicional de Stephen Farrell, Ari Rabinovitch e Dan Williams)