Por Philip Blenkinsop
GARMISCH-PARTENKIRCHEN, Alemanha (Reuters) - Líderes do G7 pediram nesta terça-feira que a China use sua influência com a Rússia para encerrar a invasão da Ucrânia e abandone "amplas reivindicações marítimas" no Mar do Sul da China, em uma crítica dura sem precedentes às políticas e o histórico de direitos humanos de Pequim.
Eles fizeram um apelo à China que pressione a Rússia para retirar forças da Ucrânia imediatamente e incondicionalmente, citando uma decisão da Corte Internacional de Justiça de que Moscou suspenda sua operação militar e resoluções relacionadas da Assembleia Geral da ONU.
Em um comunicado concluindo a cúpula de três dias nos Alpes da Baviera, o Grupo das Sete democracias industriais ricas mirou o que chamou de políticas chinesas coercitivas não-mercado que distorceram a economia global.
A parte chinesa do comunicado, destacada pelos Estados Unidos, referiu-se às "intervenções não transparentes e que distorcem o mercado" da China e outras formas de diretrizes econômicas e industriais.
Os líderes do G7 comprometeram-se a trabalhar juntos para garantir condições equitativas a suas empresas e trabalhadores.
O comunicado também expressou séria inquietação sobre a situação nos mares do Leste e do Sul da China e tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força ou coerção.
Além disso, o G7 está agora "gravemente preocupado" - um termo não usado em sua cúpula há um ano - com a situação dos direitos humanos na China, incluindo trabalho forçado no Tibet e em Xinjiang. A China também deve honrar seus compromissos de defender os direitos, a liberdade e um alto grau de autonomia em Hong Kong, disseram.