Por Jan Strupczewski
LA MALBAIE, Canadá (Reuters) - Os líderes do Grupo dos Sete (G7) irão concordar nesta sexta-feira em compartilhar informações entre eles mesmos e trabalhar com provedores de serviços de internet e companhias de redes sociais para frustrar envolvimento estrangeiro nas eleições em seus países, segundo um esboço de comunicado do encontro de cúpula.
O esboço, visto pela Reuters, também diz que o G7 – formado por Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, Itália, Alemanha e França – concordou em garantir alta transparência de financiamentos para partidos políticos e todas propagandas políticas, especialmente durante campanhas eleitorais.
O esboço é uma referência levemente velada às acusações feitas pelos Estados Unidos e por governos de alguns países da União Europeia de que a Rússia interferiu em suas eleições. Moscou negou as acusações, que nos Estados Unidos teriam incluído uma campanha de ataques cibernéticos a redes de partidos políticos e compartilhamento de informações falsas através das redes sociais para ajudar Donald Trump a se tornar presidente.
“Agentes estrangeiros buscam prejudicar nossas sociedades e instituições democráticas, nossos processos eleitorais, nossa soberania e nossa segurança”, disseram os líderes do G7 no esboço.
“Estas táticas maliciosas, multifacetadas e em constante evolução constituem uma séria ameaça estratégica que nós nos comprometemos a confrontar juntos, trabalhando com outros governos que compartilham nossos valores democráticos.”
A Rússia foi expulsa em 2014 do que era então chamado de G8 por ter anexado a Crimeia da Ucrânia.