Petrobras eleva produção e bate recorde de exportação de petróleo
Por Alison Withers
CONPENHAGUE (Reuters) - Quase 90% dos vazamentos de metano detectados por satélite sinalizados para governos e empresas de petróleo e gás não estão sendo reconhecidos, informou a ONU na quarta-feira antes das negociações climáticas da COP30 no próximo mês em Belém.
O Observatório Internacional de Emissões de Metano, que integra mais de 17 satélites para observar plumas, obteve uma taxa de resposta de 12% de 3.500 alertas de vazamentos detectados em todo o setor de petróleo e gás, segundo o relatório, marcando um progresso limitado em relação à taxa de resposta do ano passado, quando apenas 1% dos alertas resultou em ações para evitá-los.
Embora o metano permaneça na atmosfera por menos tempo do que o dióxido de carbono, que é o maior contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa, ele é muito mais eficaz em reter o calor. Como resultado, os cientistas consideram que a redução das emissões de metano é a maneira mais rápida de combater as mudanças climáticas no curto prazo.
Mais de 150 países assinaram um compromisso de 2021 de reduzir as emissões de metano em 30% nesta década.
"As ações continuam muito lentas", disse Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que supervisiona o Sistema de Alerta e Resposta ao Metano do observatório, que detecta remotamente vazamentos do gás incolor.
"Estamos falando em apertar os parafusos em alguns casos", afirmou Anderson, referindo-se aos vazamentos de metano do setor de petróleo e gás, provenientes de ventilação e queima. "Não podemos ignorar essas vitórias fáceis."
O relatório afirma ter documentado 25 casos em que uma notificação levou à correção de um grande evento de emissões.
No início deste mês, investidores que representam mais de 4,5 trilhões de euros (US$5,3 trilhões) em ativos pediram à União Europeia que não enfraquecesse sua lei de emissões de metano, após preocupações de que a UE poderia flexibilizar as regras para facilitar o aumento das importações de GNL dos EUA, como parte dos esforços do bloco para amenizar as tensões comerciais.
Os vazamentos de metano do setor de petróleo e gás oferecem o maior potencial de mitigação, segundo o observatório.
Mas ele também planeja expandir seu trabalho de detecção para incluir emissões de outras fontes importantes, incluindo carvão metalúrgico para produção de aço, resíduos e agricultura, disse Giulia Ferrini, chefe do observatório.
