WASHINGTON (Reuters) - O recém-empossado deputado pelo Estado de Nova York George Santos disse a repórteres nesta quinta-feira que renunciará ao cargo se 142 pessoas o incitarem a fazê-lo, em meio à controvérsia sobre uma série de falsas alegações sobre seu trabalho e antecedentes pessoais durante a campanha eleitoral do ano passado.
"Se 142 pessoas pedirem minha renúncia, eu renunciarei", respondeu o parlamentar do Partido Republicano, que é filho de pais brasileiros, a repórteres enquanto saía apressadamente de um gabinete no Capitólio e entrava em um elevador.
Os repórteres não conseguiram perguntar a Santos o significado de 142.
No entanto, ao entrar em seu gabinete durante uma conversa separada com repórteres, Santos foi questionado se renunciaria e disse: "Não renunciarei. Continuarei exercendo meu cargo eleito pelo povo".
O presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, disse a repórteres nesta quinta-feira que deixará o destino de Santos nas mãos do Comitê de Ética e dos eleitores, ecoando comentários feitos no dia anterior.
Na quarta-feira, mais de uma dúzia de republicanos, muitos deles do distrito de Santos na cidade de Nova York, exigiram a renúncia do congressista.
Santos admitiu ter forjado grande parte de seu currículo, incluindo que possui diplomas da New York University e do Baruch College e que trabalhou para o Goldman Sachs (NYSE:GS) e o Citigroup (NYSE:C). Ele também afirmou que é um judeu cujos avós escaparam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
(Reportagem de Richard Cowan e Moira Warburton)