Por Issam Abdallah e Tim (SA:TIMP3) Kelly
BEIRUTE/TÓQUIO (Reuters) - O ex-chefe da Nissan Carlos Ghosn estava em sua casa de infância no Líbano nesta terça-feira, depois de fugir do que ele disse ser um sistema de justiça "fraudulento" no Japão, levantando questões sobre como um dos mais reconhecidos executivos do mundo escapou da prisão domiciliar.
A partida abrupta de Ghosn marca a mais recente reviravolta dramática em uma saga de um ano que abalou a indústria automobilística global, ameaçou a aliança da Nissan e a principal acionista Renault e lançou um olhar crítico sobre o sistema judicial do Japão.
"Agora estou no Líbano e não vou mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento, em que se presume culpa, a discriminação é desenfreada e direitos humanos básicos são negados", disse Ghosn, de 65 anos, em um breve comunicado nesta terça-feira.
"Não fugi da justiça --escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana."
Autoridades de Tóquio disseram anteriormente que o sistema não é desumano e que Ghosn, que está sendo julgado por acusações de má conduta financeira, negadas por ele, foi tratado como qualquer outro suspeito.