BUENOS AIRES (Reuters) - O presidente argentino, Alberto Fernández, permanecia na sexta-feira sem definir mudanças em seu ministério após a forte crise política que a derrota nas eleições primárias provocou na aliança governista no fim de semana.
Enquanto eram esperadas novidades sobre o futuro dos ministros, Fernández participava virtualmente nesta sexta-feira do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF, na sigla em inglês), convocado pelo presidente norte-americano, Joe Biden.
No domingo, a coalizão governista perdeu nas primárias na maioria das províncias argentinas. Se o resultado se repetir nas eleições de meio de mandato em novembro, o governo perderá o controle do Congresso.
Após o revés eleitoral, a coalizão no poder começou a debater planos para aprofundar as políticas populistas ou uma abordagem mais moderada para atrair eleitores de classe média que apoiaram os conservadores da oposição.
“Se o governo tentar expandir ainda mais os gastos públicos no quarto trimestre, poderá encontrar mais inflação e menos empregos privados, em vez dos objetivos almejados”, disse Jorge Vasconcelos, da Fundação Mediterrânea.
Na quarta-feira, vários ministros colocaram seus cargos à disposição de Fernández, o que, segundo fontes oficiais, não foi aceito.
Na noite de quinta-feira, houve declarações cruzadas entre o presidente e sua vice, Cristina Fernández de Kirchner, que em carta pública pediu mudanças nos ministérios.
(Reportagem de Eliana Raszewski e Walter Bianchi)