WASHINGTON (Reuters) - O governo do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá revisar a política do país em relação a Cuba, informou a Casa Branca nesta quinta-feira, após o ex-presidente Donald Trump retroceder o histórico alívio das tensões com Havana realizado na era Obama.
"Nossa política em relação a Cuba é governada por dois princípios. Primeiramente, o apoio à democracia e aos direitos humanos --isso estará no cerne das nossas iniciativas. Em segundo lugar estão os americanos, especialmente os cubano-americanos, os melhores embaixadores pela liberdade em Cuba. Então iremos revisar as políticas do governo Trump", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em um briefing a jornalistas.
Trump, um republicano, agiu de maneira rigorosa com a ilha caribenha após tomar posse em 2017, aumentado restrições de viagens e de remessas e impondo sanções em embarques de petróleo venezuelano destinadas ao país.
A política era popular entre a grande população cubana-americana no sul da Flórida, o que ajudou Trump a vencer no Estado em novembro, apesar da vitória do democrata Biden, o ex-vice-presidente de Barack Obama, na disputa nacional.
Nove dias antes de Trump deixar o cargo, seu governo anunciou no dia 11 de janeiro que estava recolocando Cuba em uma lista norte-americana de Estados nacionais patrocinadores de atividades terroristas, uma medida que poderia complicar os esforços de Biden para retomar a melhora das relações com a ilha de governo socialista.
(Reportagem de Nandita Bose e Doina Chiacu)