PARIS (Reuters) - Um projeto de lei sobre energia e clima previsto para ser apresentado aos ministros franceses na segunda-feira foi adiado para que possa ser reformulado com metas ambientais mais ambiciosas, disse o gabinete do presidente Emmanuel Macron neste domingo.
As propostas foram criticadas por ativistas da mudança climática e por um comitê de assuntos econômicos de alto nível apoiado pelo Estado por serem vagas demais em algumas metas, incluindo um objetivo para a França ser "neutra em carbono" até 2050.
Macron tentou assumir a liderança no cenário global na luta contra a mudança climática, embora alguns de seus planos, incluindo uma tentativa frustrada de aumentar os impostos sobre o combustível, tenham provocado uma reação negativa entre os eleitores em casa, resultado em uma onda de protestos.
Ele prometeu, no entanto, continuar com as políticas verdes, enquanto tenta equilibrar esse esforço com medidas para ajudar as famílias de baixa renda ou outras pessoas que possam ser afetadas por custos extras.
O projeto de lei destina-se a fornecer uma estrutura ampla sobre as metas climáticas, preparando o terreno para compromissos subsequentes e mais precisos, inclusive sobre como a França reduzirá sua dependência da energia nuclear.
O projeto reformulado incluirá um esboço mais detalhado da meta da França de reduzir os gases do efeito estufa, disse o Élysée.
O projeto ainda estará a caminho de ir até a câmara baixa do parlamento para ser examinado pelos legisladores em junho, acrescentou o gabinete do presidente.
(Reportagem de Simon Carraud e Marine Pennetier)