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Governo vê Renan como aliado e diz esperar que Cunha considere interesses do país

Publicado 20.07.2015, 13:33
© Reuters. Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (direita), ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) - O governo vê o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como um "aliado" e espera que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leve em contas os interesses do país ao tomar decisões na chefia da Casa, após romper com o Palácio do Planalto, disseram ministros do governo da presidente Dilma Rousseff após reunião de coordenação nesta segunda-feira.

Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, que participa ativamente da articulação política do governo comandada pelo vice-presidente Michel Temer, disse que o Planalto recebeu as críticas feitas por Renan no fim de semana como a exposição de pontos de vista de um aliado, as quais o governo precisa ter "humildade e sensibilidade" para ouvir e analisar

O senador afirmou, em um vídeo divulgado no domingo, que o ajuste fiscal proposto pelo Executivo é "tacanho" e "insuficiente", e previu meses "nebulosos" pela frente, em mais um incidente conflituoso na relação entre o governo federal e a base aliada no Congresso Nacional.

"Quando se vê um aliado, e o senador Renan Calheiros é aliado, os aliados não estão proibidos de fazer críticas, e o governo tem, e tem que ter, humildade e sensibilidade para ouvir críticas, analisá-las, e, na medida do possível, dialogar com esse parceiro que critica determinadas posições do governo", disse Padilha em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

"As críticas dele têm que ser vistas pelo governo como contribuições", acrescentou.

Já no caso de Cunha, que na sexta-feira anunciou seu rompimento "pessoal" com o governo Dilma, a avaliação foi de que o presidente da Câmara é um político que manifesta posições individuais. O governo disse, ainda, esperar que, no exercício do cargo, ele considere os interesses do país.

Cunha dinamitou seu relacionamento com o governo, responsabilizando a equipe de Dilma pela inclusão do seu nome nas investigações da operação Lava Jato.

"O governo não tem nenhuma influência sobre o Ministério Público e a Polícia Federal e especificamente na Lava Jato", garantiu Padilha a jornalistas.

Com os presidentes do Senado e da Câmara em posturas que agravam a crise política e acentuam incertezas em momento em que o governo tenta votar no Congresso importantes medidas de ajuste fiscal e para a recuperação da economia, Padilha disse que o Executivo vai melhorar sua articulação política.

"Vamos aprofundar os trabalhos de harmonização entre os poderes", prometeu ele. O ministro também disse que o governo vai buscar diálogo com os presidentes de todos os Poderes e com os dirigentes do Tribunal de Contas da União (TCU).

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de piora da avaliação do governo Dilma diante do agravamento da crise política e da desaceleração econômica, Padilha disse que algumas medidas foram tomadas para acelerar a recuperação da atividade, mas que essas ações podem ainda não ter sido sentidas pela população e não se refletirem em pesquisas de avaliação.

© Reuters. Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (direita), ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília

Na terça-feira, o instituto MDA divulgará uma nova pesquisa sobre a popularidade da presidente, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

(Reportagem de Luciana Otoni)

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