ATENAS (Reuters) - A Grécia iniciou uma greve geral de 48 horas nesta sexta-feira contra as reformas tributária e previdenciária do país para se qualificar a mais um resgate de bilhões de euros assinado no ano passado.
Convocada pelos maiores sindicatos dos setores público e privado, a greve deixou navios ancorados nos portos, paralisou o transporte público e manteve os funcionários públicos e jornalistas fora do trabalho.
O maior sindicato trabalhista da Grécia, o GSEE, do setor privado, disse que as reformas, que agora dependem de aprovação no Parlamento, "são a última gota d'água" para os trabalhadores e pensionistas que já se sacrificaram o suficiente após seis anos de austeridade.
"Eles estão tentando provar ao Eurogrupo que são bons alunos, mas estão destruindo o sistema de seguridade social da Grécia", disse uma autoridade do GSEE, referindo-se aos ministros das Finanças da zona do euro, que devem se reunir na segunda-feira.
O governo grego espera que as medidas, que devem ser votadas no Parlamento no domingo, ajudem a convencer os credores a aprovar a liberação do dinheiro do resgate.
Uma parcela de cerca de 5 bilhões de euros já deveria ter sido paga, mas isso não aconteceu porque falharam as negociações sobre o ritmo de reformas.