WASHINGTON (Reuters) - A presidente do grande júri da Geórgia que investigou as tentativas do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de reverter sua derrota nas eleições de 2020 no Estado disse à mídia na terça-feira que o painel recomendou várias acusações criminais.
A representante do júri especial recém-concluído do Condado de Fulton, na Geórgia, Emily Kohrs, não discutiu as acusações específicas do grande júri em entrevistas a veículos como a CNN e o New York Times.
"Pode haver alguns nomes nessa lista que vocês não esperariam. Mas o grande nome sobre o qual todos continuam me perguntando -- não acho que vocês ficarão surpresos", disse Kohrs à CNN.
A Reuters não conseguiu entrar em contato imediatamente com Kohrs.
Um juiz da Geórgia ordenou na semana passada a divulgação de alguns trechos do relatório final do grande júri especial, que concluiu que algumas testemunhas podem ter mentido sob juramento e fez recomendações aos promotores sobre possíveis indiciamentos por interferência eleitoral, mostrou o documento.
O grande júri especial não tinha autoridade para emitir acusações. Para fazer isso, a promotora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, precisaria buscar a aprovação de um grande júri regular.
Willis abriu a investigação especial do grande júri logo após telefonema de Trump em janeiro de 2021 para uma autoridade do Estado pedindo-lhe para "encontrar" mais votos para anular a vitória eleitoral do presidente democrata Joe Biden.
Trump continua afirmando falsamente que a eleição de 2020 foi roubada dele por meio de fraude eleitoral generalizada. Ele negou irregularidades e acusou Willis, uma democrata eleita, de atacá-lo por motivos políticos.
(Reportagem de Scott Malone)