NOVA YORK (Reuters) - Um grande júri do Estado norte-americano de Nova York votou pelo não indiciamento dos policiais envolvidos na morte de Daniel Prude, um homem negro que morreu asfixiado enquanto estava sob custódia da polícia em março de 2020 na cidade de Rochester, afirmou a procuradora-geral do Estado Letitia James nesta terça-feira.
A família de Prude obteve as imagens das câmeras colocadas nos corpos dos policiais no momento da morte de Prude. Ele aparece nu em uma rua escura e cheia de neve. Uma malha, conhecida como "capuz de cuspe", foi colocada sobre sua cabeça depois que ele disse ter contraído o novo coronavírus. O vídeo também mostra Prude, que aparentemente estava no meio de uma crise de saúde mental, sendo imobilizado contra o chão pela polícia.
As imagens foram divulgadas em setembro, alimentando ainda mais os protestos em todo o país contra a violência policial após outros episódios em 2020 nos quais a polícia assassinou homens e mulheres negros, incluindo a morte de George Floyd nas mãos de policiais de Mineápolis em maio.
O julgamento de Derek Chauvin, o ex-policial que é visto no vídeo se ajoelhando sobre o pescoço de Floyd por mais de oito minutos, começa em Mineápolis no dia 8 de março.
James disse que seu gabinete esperava assegurar os indiciamentos pela morte de Prude, um homem de 41 anos, pai de cinco filhos que morava em Chicago.
"Eu sei que a família Prude, a comunidade de Rochester e as comunidades por todo o país ficarão com razão decepcionadas com esse resultado", disse James em uma coletiva de imprensa em Rochester, que fica no interior do Estado de Nova York.
O advogado da família de Prude e a prefeitura de Rochester não responderam imediatamente a pedidos por comentários.
(Reportagem de Jonathan Allen)