Por Johan Ahlander e Tom Little
MALMO (Reuters) - A ativista climática sueca Greta Thunberg foi removida à força pela polícia de um protesto na cidade de Malmo, no sul da Suécia, nesta segunda-feira, poucas horas depois de um tribunal local multá-la por desobedecer a uma ordem policial durante um protesto semelhante no mês passado.
Thunberg, de 20 anos, que se tornou o rosto do ativismo climático jovem em todo o mundo após realizar protestos semanais em frente ao Parlamento sueco, admitiu no tribunal que desobedeceu à ordem policial, mas se declarou inocente e disse que estava agindo por necessidade.
"É um absurdo que aqueles que agem de acordo com a ciência paguem o preço por isso", disse ela a repórteres.
Thunberg e outros ativistas do grupo Reclaim the Future bloquearam a estrada para caminhões de petróleo no porto de Malmo em 19 de junho. Ela foi acusada de não ter deixado o local quando ordenada pela polícia.
Após a sentença de segunda-feira, Thunberg e outros ativistas voltaram ao porto de Malmo apenas para serem novamente levados pela polícia por bloquear o tráfego.
Thunberg disse anteriormente ao tribunal que suas ações eram justificáveis. "Acredito que estamos em uma emergência que ameaça a vida, a saúde e a propriedade. Inúmeras pessoas e comunidades estão em risco tanto a curto quanto a longo prazo", disse ela.
O tribunal ordenou que Thunberg pague 1.500 coroas suecas (144 dólares) e mais 1.000 coroas ao fundo para vítimas de crimes. A multa foi aplicada proporcionalmente à sua renda declarada. A desobediência a uma ordem policial acarreta uma pena máxima de seis meses de prisão.