PEQUIM (Reuters) - A polícia chinesa abriu fogo contra manifestantes tibetanos no sudoeste da China, ferindo dez pessoas, depois que protestavam contra a detenção do respeitado líder de um vilarejo, afirmou um grupo de direitos humanos tibetano.
A repressão no distrito de Ganzi, na província de Sichuan, epicentro de manifestações de tibetanos contra o governo chinês, destaca as tensões entre os tibetanos e as autoridades chinesas.
O grupo Campanha Internacional pelo Tibete (ICT, na sigla em inglês), sediado na Grã-Bretanha, citando várias fontes tibetanas no exílio, declarou no fim da quarta-feira que a área "está sob controle agora, e os tibetanos locais, incluindo o idoso e crianças, estão sendo interrogados".
Fotos que circularam nas mídias sociais mostram tibetanos com "ferimentos sérios na cabeça e no tronco" depois do incidente, afirmou o ICT.
Os Estados Unidos disseram que estão preocupados com os relatos de que as autoridades chinesas abriram fogo contra os manifestantes.
"Continuamos a pedir ao governo chinês que permita que todos os cidadãos, incluindo os tibetanos e outras minorias étnicas, expressem suas queixas livremente, publicamente, pacificamente e sem medo de retribuição", declarou um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.
Ativistas de direitos humanos dizem que a China afronta a liberdade religiosa e a cultura do Tibete, que governa com mão de ferro desde os anos 1950.
(Por Sui-Lee Wee; com reportagem adicional de David Brunnstrom, em Washington)