🔥Ações selecionadas por IA com InvestingPro Agora com até 50% de descontoGARANTA JÁ SUA OFERTA

Grupo militante Al Shabaab mata ao menos 147 em universidade do Quênia

Publicado 02.04.2015, 18:23
Atualizado 02.04.2015, 18:31
© Reuters. Soldado participa de operação contra militantes em universidade de Garissa

Por Edith Honan

GARISSA, Quênia (Reuters) - Homens armados do grupo islâmico Al Shabaab invadiram uma universidade no Quênia e mataram ao menos 147 pessoas nesta quinta-feira, no pior ataque em território queniano desde o atentado a bomba contra a embaixada dos Estados Unidos, em 1998.

A invasão terminou cerca de 15 horas após homens armados do grupo somali terem entrado atirando no campus da Universidade Garissa, ainda antes do amanhecer. Os militantes pouparam estudantes muçulmanos e fizeram muitos reféns cristãos.

O ministro do Interior, Joseph Nkaissery, disse que quatro homens armados e vestidos com explosivos conduziram o ataque, o mesmo número de militantes envolvidos no atentado de 2013 contra um shopping center de Nairóbi, em que 67 pessoas morreram. 

"A operação terminou bem-sucedida. Quatro terroristas foram mortos", disse Nkaissery à mídia queniana.

O comandante da polícia do Quênia, Joseph Boinet, afirmou que os agressores "atiraram indiscriminadamente" ao entrarem nas instalações da universidade.

Policiais e soldados cercaram o campus e trocaram tiros com os militantes ao longo do dia, mas foram várias vezes forçados a recuar. Ao menos 79 pessoas ficaram feridas e muitas foram levadas de avião para Nairóbi, informou o órgão queniano que lida com desastres.

O Al Shabaab - mesmo grupo que realizou o ataque mortal contra o shopping Westgate, em Nairóbi, em 2013 - assumiu a responsabilidade pelo atentado contra o campus de Garissa, cidade que fica a 200 km da fronteira com a Somália.

O grupo possui ligações com a Al Qaeda e um histórico de ataques em território queniano, feitos em retaliação por Nairóbi ter enviado tropas para combater na Somália.

A Al Qaeda foi responsável por conduzir ataques a bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia no mesmo dia de 1998, quando 224 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Os EUA condenaram o mais recente ataque e ofereceram ajuda ao Quênia na luta contra o Al Shabaab.

Uma imagem fornecida por um jornalista local mostrou dezenas de corpos cobertos de sangue espalhados dentro de uma sala de aula em Garissa. Alguns estudantes conseguiram escapar por conta própria.

"Ouvimos alguns tiros e estávamos dormindo, então era em torno de cinco e as pessoas começaram a pular, correndo por suas vidas", disse um estudante, que não quis se identificar, à Reuters TV.

Autoridades ofereceram uma recompensa de 20 milhões de shillings quenianos (215 mil dólares) por informações que levem à prisão de Mohamed Mohamud, homem descrito como "o mais procurado" em relação ao ataque.

O comandante policial Boinet disse que o Quênia impôs um toque de recolher ao escurecer em quatro regiões adjacentes à fronteira com a Somália.

Grace Kai, uma estudante na Escola Preparatória de Professores de Garissa, próxima à universidade, disse que houve alertas sobre a iminência de um ataque na cidade.

© Reuters. Soldado participa de operação contra militantes em universidade de Garissa

"Alguns estranhos foram vistos na cidade de Garissa e suspeitou-se que fossem terroristas", disse ela à Reuters.

"Então, na segunda-feira, o diretor de nossa faculdade nos disse... que estranhos haviam sido vistos em nossa faculdade... Na terça, fomos liberados para voltar para casa, e nossa faculdade fechou, mas o campus continuou aberto, e agora eles foram atacados", acrescentou a estudante.

(Reportagem adicional de Joseph Akwiri em Mombasa, Humphrey Malalo em Nairóbi, Noor Ali em Isiolo, Feisal Omar e Abdi Sheikh em Mogadício, e Susan Heavey em Washington)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.