Por Catarina Demony
(Reuters) - Antecipando uma onda populista quando os europeus forem às urnas em junho, organizações antidiscriminação pediram nesta segunda-feira que as instituições da União Europeia coloquem as políticas de igualdade no topo de suas agendas quando um novo Parlamento for eleito.
"A UE está longe de ser uma 'União da Igualdade' -- este é um trabalho em andamento e, neste momento, testemunhamos uma reação crescente, injustiça racial, desigualdade e discriminação", disseram os nove signatários em uma declaração conjunta. "Isso precisa de atenção urgente."
Os signatários incluem grandes associações de direitos, como o Fórum Europeu de Deficiência, a Rede Europeia Contra o Racismo e o grupo de defesa da comunidade LGBTI ILGA-Europe.
Eles disseram que houve avanços durante o atual Parlamento, como a nomeação de um Comissário para a Igualdade, uma diretriz para combater a violência contra as mulheres e um plano de ação contra o racismo.
Mas eles também afirmaram que é preciso trabalhar mais para "garantir a igualdade de tratamento, independentemente de quem você é ou de onde você mora na UE", e pediram uma proteção legal abrangente contra a discriminação.
As eleições para o Parlamento Europeu ocorrerão de 6 a 9 de junho. Seus 720 parlamentares, junto dos governos da UE, aprovam novas políticas e leis.
De acordo com as pesquisas de opinião, espera-se que a eleição resulte em mais cadeiras para os partidos populistas e de direita e em perdas para os partidos de centro-esquerda e verdes. O grupo Identidade e Democracia, de extrema-direita, pode se tornar o terceiro maior grupo no Parlamento.
Apesar do esperado aumento populista, o Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, deve manter a liderança. Ainda assim, garantir a maioria pode ser um desafio, possivelmente forçando-o a fazer concessões políticas para obter os votos necessários.