PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Eleitores vão às urnas domingo no Haiti para escolher o próximo presidente do país mais pobre das Américas, com cédulas eleitorais trazendo 54 candidatos ao cargo.
A votação para suceder o presidente, Michel Martelly, em fevereiro está sendo realizada em um clima de insegurança e em meio à diminuição do contingente da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), e coincide com as eleições legislativas e municipais.
É mais provável que o vencedor esteja entre os três principais candidatos. Jude Célestin, um engenheiro mecânico educado na Suíça que comandou uma agência governamental de construção e concorre pela Liga Alternativa para o Progresso e Emancipação do Haiti (Lapeh), lidera.
Jovenel Moise, dono de um grande negócio de exportação de bananas no norte do país, é o candidato do Partido Haitiano Tet Kale, de Martelly. O ex-senador Moise Jean-Charles, um crítico ferrenho do presidente, representa a Plataforma Petit Dessalines.
Um segundo turno da corrida presidencial entre os dois candidatos mais votados está marcado para 27 de dezembro.
Martelly, popular cantor de profissão, abalou a ordem política com sua vitória eleitoral em 2011 e acelerou a reconstrução do país depois do forte terremoto de 2010 que destruiu grande parte da capital.
Mas críticos dizem que ele não conseguiu conter a corrupção e os embates políticos, o que reteve o investimento estrangeiro ao longo dos últimos dois anos.
(Reportagem de Peter Granitz)