Por Nathan Layne e Gram Slattery e James Oliphant
(Reuters) - A ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley faz campanha em New Hampshire nesta segunda-feira, na esperança de conter a marcha de Donald Trump rumo à indicação presidencial republicana com uma vitória surpreendente na votação estadual de terça-feira.
Oito dias depois de Trump ter alcançado uma vitória recorde na primeira disputa, em Iowa, o ex-presidente pretende desferir um golpe fatal na campanha de Haley, obtendo outra vitória expressiva.
A disputa se transformou em uma batalha de um contra o outro no domingo, quando o governador da Flórida, Ron DeSantis, encerrou sua campanha, meses depois da disputa entre ele e Haley para se tornar a principal alternativa a Trump.
Para Haley, New Hampshire talvez represente sua última chance de demonstrar que a base republicana está disposta a considerar alguém que não seja Trump, que tem mantido seu domínio sobre o partido apesar de enfrentar 91 acusações. Ele se declarou inocente de todos os crimes e alega que está sendo vítima de perseguição política.
O grande número de eleitores independentes do Estado, que têm permissão para votar na eleição de terça-feira, torna New Hampshire um território mais amigável para Haley do que o mais conservador Iowa.
Mesmo assim, Trump mantém uma vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas públicas estaduais. Embora DeSantis tenha tido apenas cerca de 6% de apoio, ele declarou apoio a Trump ao deixar a disputa no domingo, e seus apoiadores têm maior probabilidade de transferir seu voto para Trump, de acordo com os pesquisadores.
Uma vitória de Haley poderia dar à sua campanha o impulso - e a arrecadação de fundos - de que ela precisa antes da próxima disputa, em 24 de fevereiro, na Carolina do Sul, onde ela foi governadora por dois mandatos. Uma vitória de Trump, por sua vez, aumentaria o ar de inevitabilidade que ele tem procurado criar em torno de sua candidatura.
O vencedor das disputas de indicação republicana deste ano enfrentará o presidente norte-americano, Joe Biden, provável candidato democrata, nas eleições gerais de novembro.