SUZUKA, Japão (Reuters) - O piloto Lewis Hamilton venceu o Grande Prêmio do Japão neste domingo e igualou o número de vitórias de Ayrton Senna de 41 vitórias na Fórmula 1.
Com o resultado, o britânico abriu uma diferença de 48 pontos de seu companheiro na equipe Mercedes, Nico Rosberg, faltando cinco corridas para o final da temporada.
Em uma tarde de sol em Suzuka, que contrastou com a prova escura e trágica de 2014, também vencida por Hamilton, o bicampeão do mundo tomou a liderança de Rosberg, que havia largado na pole, e não olhou mais para trás.
A vitória foi a oitava do inglês na temporada, com Rosberg em segundo, garantindo a oitava dobradinha da equipe Mercedes depois de uma inexplicável queda de rendimento em Singapura no final de semana passado.
"Para mim, vir aqui em uma corrida na qual eu sempre adorei assistir Ayrton pilotar, e ainda igualar seu número de vitórias. Não consigo descrever. Não me parece real no momento", disse Hamilton depois de saudar seus fãs no pódio.
Rosberg cruzou a linha de chegada 18,9 segundos depois de Hamilton, e Sebastian Vettel, da Ferrari, que venceu em Singapura, terminou em terceiro, repetindo exatamente o mesmo pódio do ano passado em Suzuka.
Hamilton agora tem 277 pontos diante dos 229 de Rosberg e dos 218 de Vettel, que ainda se recusa a desistir de suas chances de ser campeão até que elas sejam matematicamente descartadas.
"Não acaba enquanto não termina. Então, a chance está aqui -- e que tipo de piloto eu seria se eu parasse de acreditar?", afirmou o alemão.
"Você tem que continuar acreditando, senão eu acho que não faz sentido brigar e tentar reagir".
A Mercedes, que venceu agora 11 das 14 provas da temporada, está mais perto de manter seu título no mundial de construtores com 506 pontos. A Ferrari tem apenas 337.
Se no ano passado as cerimônias após a corrida foram silenciosas devido ao trágico acidente do francês Jules Bianchi, morto após um longo tempo no hospital, apenas uma pequena falha nos microfones evitou que Hamilton expressasse sua alegria nos pódios desta vez.
"Eu estou tão feliz agora", disse antes de receber um jato de champanhe de Vettel em sua cabeça. "A equipe fez um trabalho fantástico nesse final de semana, é muito bom estar de volta aqui em cima com uma dobradinha da Mercedes.
"O carro estava perfeito para pilotar hoje".
Nico Rosberg fez as duas primeiras curvas da prova lado a lado com Hamilton, mas teve de abrir para evitar uma colisão e chegou a ficar em quarto enquanto Hamilton abriu sua vantagem na ponta.
Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi o quarto, e o também finlandês Valtteri Bottas foi o quinto com a Williams, equipe do brasileiro Felipe Massa que colidiu na primeira volta com o piloto Daniel Ricciardo, da Red Bull.
O incidente deixou tanto Massa quanto Ricciardo voltando aos boxes durante toda a prova para resolver problemas.
Nos boxes da McLaren o clima foi de decepção, com o espanhol Fernando Alonso, que terminou em décimo primeiro, expressando claramente sua frustração com a fabricante japonesa Honda, parceira da equipe na construção de motores.
"Estou sendo ultrapassado como se estivesse num carro da GP2", esbravejou. "Isso é uma vergonha, muita vergonha".
O espanhol bicampeão do mundo voltou a dizer a mesma coisa ao ser ultrapassado por Verstappen sem dificuldades: "Motor de GP2, motor de GP2", exclamou.
Os comentários renderam um puxão de orelha do diretor da equipe Ron Dennis: "Isso não mostra o profissionalismo que eu gostaria que nossos pilotos demostrassem", disse.
(Por Alan Baldwin)