Por Guy Faulconbridge e Brian Ellsworth
BRIDGETOWN (Reuters) - Barbados se preparava nesta segunda-feira para remover a rainha britânica Elizabeth como sua chefe de Estado e para se tornar uma República, enquanto rompe seus laços imperiais 400 anos depois da chegada dos primeiros navios ingleses à ilha caribenha.
O príncipe britânico Charles chegou na noite de domingo para participar da cerimônia de posse da presidente-eleita Sandra Mason em substituição à rainha Elizabeth, uma medida para encerrar os vestígios finais de um sistema colonial que se estendia pelo mundo.
"Hoje é a noite!", dizia a manchete da primeira página do jornal Daily Nation, de Barbados.
A primeira-ministra ,Mia Mottley, líder do movimento republicano de Barbados, irá ajudar a liderar a cerimônia. Mottley conquistou as atenções do mundo todo ao denunciar os efeitos das mudanças climáticas nas pequenas nações caribenhas.
"Eu acredito que muito disso seja um colonialismo decadente e que já deveria ter acabado há muito tempo", disse um sapateiro da cidade de Bridgetown. "Estou radiante."
Uma celebração incluindo música e danças de Barbados iria começar às 20h (horário local), com a posse de Mason pouco depois da meia-noite, coincidindo com o Dia de Independência de Barbados.
O príncipe Charles fará um discurso destacando a continuidade da amizade entre os dois países apesar da mudança no status constitucional.
Barbados irá continuar integrante da Commonwealth, um grupo de 54 países que se estende pela África, Ásia, Américas e Europa.
(Reportagem de Guy Faulconbridge em Bridgetown e Brian Ellsworth em Washington)