Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um homem inocentado em novembro pelo homicídio do líder dos direitos civis Malcolm X, em 1965, entrou com um processo contra a cidade de Nova York, após a prefeitura ter admitido que o havia rotulado erroneamente de assassino.
Muhammad Aziz, de 84 anos, quer 40 milhões de dólares de indenização pelas duas décadas que passou na prisão e os mais de 55 anos sendo culpado equivocadamente, dizendo que ele e sua família sofreram danos “imensos e irreparáveis”.
Aziz é casado e tem seis filhos.
Um processo similar de 40 milhões de dólares também foi aberto no tribunal federal do Brooklyn pelo espólio do co-réu Khalil Islam, que passou 22 anos na prisão e também foi inocentado.
“Eles receberam um pouco de justiça quando suas condenações foram anuladas”, disse Deborah François, advogada de ambos, em entrevista nesta quinta-feira.
“Mas queremos responsabilizar autoridades do Governo pelas condutas que levaram às suas condenações injustas e pelas décadas vivendo com o estigma de serem rotulados como os assassinos de Malcolm X”.
Negociações por acordos não se mostraram bem sucedidas. Islam morreu em 2009, aos 74 anos.
Malcolm X, defensor dos direitos civis, foi morto a tiros aos 39 anos em fevereiro de 1965, quando se preparava para falar no Audubon Ballroom de Nova York.
(Reportagem de Jonathan Stempel, em Nova York)