Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - Um palestino esfaqueou um guarda de segurança israelense na principal estação de ônibus de Jerusalém neste domingo, informou a polícia, e focos de violência irromperam perto da embaixada dos EUA em Beirute, após o anúncio de reconhecimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como a capital de Israel.
Quatro dias de protestos nas ruas em territórios palestinos, após a declaração de Trump, na quarta-feira, em grande parte já diminuíram, mas a revogação da política norte-americana com relação a Jerusalém - uma cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos - trouxe mais advertências árabes de possíveis danos às perspectivas de paz no Oriente Médio.
"Nossa esperança é que tudo se acalme e que voltemos a um caminho de vida normal sem tumultos e sem violência", disse o Ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, na Rádio do Exército.
Entretanto, em Jerusalém, um segurança estava em estado crítico após ter sido esfaqueado por um homem palestino de 24 anos da Cisjordânia ocupada, quando se aproximou de um detector de metais na entrada da estação central de ônibus da cidade, informou a polícia. O suposto agressor foi levado sob custódia depois que um observador o atacou.
Em declarações públicas no domingo, o presidente turco, Tayyip Erdogan, um crítico frequente de Israel, chamou-o de "estado invasor" e de "estado terrorista".
A maioria dos países considera Jerusalém Oriental, que Israel anexou depois de capturá-la em uma guerra de 1967, como um território ocupado e diz que o status da cidade deve ser decidido em futuras discussões entre Israel e Palestina.
Israel diz que toda Jerusalém é sua capital, enquanto os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado independente.
A administração de Trump diz que ainda está empenhada em retomar as conversas palestino-israelenses que colapsaram em 2014, mas a destruição de políticas antigas é necessária para quebrar o impasse.