Por Chine Labbé e Philip Blenkinsop
PARIS/BRUXELAS (Reuters) - O homem que obteve acomodações para o suposto mentor dos atentados em Paris irá comparecer perante um juiz anti-terrorismo nesta terça-feira, dia em que a busca por Salah Abdeslam, possível membro do grupo de terroristas e fugitivo mais procurado da Europa, entrou em seu 11º dia.
Antes de ser detido pela polícia na quarta-feira passada, o francês Jawad Bendaoud disse que lhe solicitaram acolher duas pessoas durante três dias em um apartamento de St. Denis, ao norte de Paris, mas que não tinha ideia de que um deles era o líder dos agressores.
Foi neste imóvel que Abdelhamid Abaaoud, suspeito de ter sido a mente por trás dos ataques reivindicados pelo Estado Islâmico, morreu durante uma operação policial, assim como Hasna Aitboulahcen, mulher que se acredita ser sua prima, e uma terceira pessoa ainda não identificada.
Conforme as leis de contra-terrorismo da França, Bendaoud deve ser acusado ou libertado ainda nesta terça-feira. O procurador-geral de Paris deve fazer uma coletiva de imprensa, mas seu escritório declarou que Bendaoud testemunhará diante de um juiz.
Desde os assassinatos na capital, a França enviou seu porta-aviões Charles de Gaulle para o leste do Mar Mediterrâneo para acelerar os bombardeios a alvos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
Como milhões de norte-americanos se preparam para viajar na quinta-feira, feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, o Departamento de Estado do país emitiu um alerta global de "intensificação de ameaças terroristas".
Na segunda-feira o departamento afirmou que informações atualizadas dão a entender que Estado Islâmico, Al-Qaeda, Boko Haram e outros grupos continuam a planejar ataques em várias regiões.
(Reportagem adicional de Julie Rimbert em Toulouse)