Por Gustavo Palencia e David Alire Garcia
TEGUCIGALPA (Reuters) - A candidata presidencial hondurenha Xiomara Castro caminhava para uma vitória contundente na eleição no domingo, declarando vitória enquanto apoiadores dançavam diante da sede de sua campanha para comemorar a volta da esquerda ao poder 12 anos depois de seu marido ser deposto em um golpe de Estado.
A eleição, que deve dar a Honduras sua primeira mulher presidente, pareceu ter transcorrido tranquilamente, contrastando com quatro anos atrás, quando um desfecho apertado levou à contestação do resultado e a protestos fatais devido a alegações generalizadas de irregularidades.
Com metade das urnas apuradas, Xiomara, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya, tinha uma vantagem de quase vinte pontos sobre Nasry Asfura, prefeito da capital e candidato do Partido Nacional governista, que obteve 34% dos votos, de acordo com uma contagem preliminar desta segunda-feira.
Comemorações aconteceram na sede de campanha de Xiomara à medida que a contagem de votos avançava e sua dianteira se mantinha. A sede do Partido Nacional conservador de Asfura estava vazia.
Autoproclamada socialista democrática em um país no qual as mulheres ocupam poucos cargos públicos, Xiomara conquistou o apoio de uma parcela ampla de hondurenhos cansados da corrupção e da concentração de poder que aumentaram sob o comando do Partido Nacional.
O futuro do Congresso de 128 cadeiras é incerto, já que o conselho eleitoral ainda não publicou resultados preliminares. Se o Partido Nacional mantiver o controle, pode complicar um governo de Xiomara.