PERTH (Reuters) - Médicos de um hospital australiano estão se recusando a dar alta a uma bebê que pode ser expatriada para um campo de detenção fora do país. O caso da garota, que foi tratada de sérias queimaduras, aumentou a pressão sobre o governo devido a sua política para pessoas que buscam refúgio na nação.
A bebê de 1 ano não receberá alta do Lady Cilento Children's Hospital, em Brisbane, até que um "ambiente familiar adequado seja identificado", disse à Reuters neste sábado um porta-voz do hospital.
A garota e seus pais podem ser mandados de volta para um campo na ilha de Nauru, no sul do Pacífico, cerca de 3.000 quilômetros a nordeste da Austrália. O centro de detenção, que abriga mais de 500 pessoas, foi amplamente criticado pelas más condições e os relatos de sistemático abuso das crianças.
Neste mês, a Alta Corte rejeitou uma ação que contestava o direito da Austrália de deportar 267 crianças refugiadas e suas famílias, todas levadas de Nauru para a Austrália para tratamento médico.