Por Joe Bavier
ABIDJÃ (Reuters) - A entidade humanitária Human Rights Watch acusou soldados da República do Congo nesta terça-feira de terem assassinado 18 pessoas, incluindo mulheres e crianças, enquanto serviam como tropas pacificadoras da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União Africana na República Centro-Africana.
Uma autoridade do Ministério da Defesa congolês, falando em Brazzaville, disse existir uma investigação em andamento e rejeitou as acusações de que a pasta ignorou as alegações.
A República Centro-Africana mergulhou no caos em março de 2013, quando os rebeldes da coalizão Seleka, predominantemente muçulmanos, tomaram o poder, desencadeando represálias de milícias cristãs denominadas "anti-balaka".
A entidade sediada em Nova York disse que soldados congoleses torturaram dois líderes anti-balaka até a morte em dezembro de 2013, executaram publicamente outros dois supostos anti-balaka em fevereiro de 2014 e mataram dois civis por espancamento em 2015.
A HRW também disse que uma vala coletiva, encontrada perto de uma base ocupada no passada por tropas congolesas na cidade de Boali, continha os restos mortais de 12 pessoas identificadas como ex-detentos dos soldados pacificadores no dia 24 de março de 2014.
Segundo a HRW, a força da ONU insistiu para que as tropas congolesas implicadas nos supostos assassinatos fossem enviadas para casa e substituídas por novas unidades.