Por Krisztina Than
BUDAPESTE (Reuters) - A Hungria realizará uma eleição em 3 de abril, onde o primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán, um dos líderes mais antigos da Europa e contrário à imigração, enfrentará uma disputa acirrada contra uma oposição unida contra ele pela primeira vez.
Orbán, de 58 anos, que chegou ao poder em uma eleição esmagadora em 2010, transformou a Hungria em uma autodenominada "democracia iliberal", com controles rígidos sobre a imprensa e grupos da sociedade civil que colocaram Budapeste em desacordo com a direção da União Europeia em Bruxelas.
Os eleitores decidirão se as políticas que priorizam a soberania nacional, cortes de impostos para famílias, valores cristãos tradicionais e oposição à imigração e aos direitos LGBTQ devem continuar, ou se uma redefinição está em ordem devido ao que a oposição diz ter sido uma erosão da democracia e do domínio da lei.
O presidente da Hungria, János Áder, marcou a eleição parlamentar para 3 de abril com um referendo proposto pelo partido de Orbán, o Fidesz, sobre questões LGBTQ a ser realizado no mesmo dia, informou o gabinete do presidente nesta terça-feira.
O Fidesz e a aliança da oposição agora estão empatadas nas pesquisas de opinião no país da Europa Central.
(Por Krisztina Than e Anita Komuves)