BUDAPESTE (Reuters) - A Hungria convocou o embaixador dos Estados Unidos para protestar contra os comentários do presidente norte-americano, Joe Biden, de que o primeiro-ministro Viktor Orbán estaria buscando uma ditadura, disse o ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, em uma entrevista coletiva nesta terça-feira.
Orbán apoia abertamente a candidatura do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump à Casa Branca, e seu governo tem se desentendido com frequência com o governo Biden, inclusive em relação aos laços estreitos da Hungria com a Rússia.
Orbán se encontrou com Trump na Flórida na semana passada e o elogiou como único candidato presidencial que poderia acabar com a guerra na Ucrânia.
Após o encontro, Biden disse, durante uma parada de campanha, que Orbán "declarou categoricamente que não acredita que a democracia funcione e está buscando uma ditadura", informou a mídia dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria considerou a declaração de Biden uma mentira e um "insulto muito sério".
"Essa maneira de pensar do presidente e da administração democrata é um fardo pesado para nossa relação bilateral", disse Szijjarto em resposta a uma pergunta na coletiva de imprensa.
(Reportagem de Krisztina Than, Boldizsar Gergely e Anita Komuves)