WASHINGTON (Reuters) - Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, buscou nesta quinta-feira a anulação de sua condenação criminal no caso de porte de arma e a rejeição de outro processo em que é acusado de sonegação de impostos, usando o argumento de que o procurador especial que o acusa foi escolhido ilegalmente.
Os advogados de Hunter citaram a decisão de uma juíza federal na segunda-feira, rejeitando o processo criminal que acusava o ex-presidente Donald Trump de manter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo.
A juíza Aileen Cannon, da Flórida, concluiu que a nomeação do procurador especial daquele caso, Jack Smith, violava a Constituição dos EUA, porque o Congresso não lhe dera autoridade para trabalhar no caso. O gabinete de Smith está apelando da decisão.
"O procurador-geral confiou exatamente na mesma autoridade para nomear o procurador especial dos casos de Trump e Biden, e ambas as nomeações são inválidas pelo mesmo motivo", argumentaram os advogados de Hunter Biden no processo judicial.
Outro procurador especial, David Weiss, obteve no mês passado a condenação de Hunter Biden em uma corte federal de Delaware, por acusações de que ele mentiu sobre o uso de drogas ilegais com o intuito de comprar uma arma.
Weiss também lidera uma ação de evasão de impostos contra ele e que deve ir a julgamento em setembro. Hunter se diz inocente.
Um porta-voz de Weiss não estava imediatamente disponível para responder a um pedido para que comentasse o tema.
(Reportagem de Andrew Goudsward)