HONG KONG (Reuters) - Estudantes e aposentados se uniram para protestar em Hong Kong neste sábado, no primeiro de vários atos planejados para o fim de semana em toda a cidade, enquanto ativistas pró-democracia prometeram combater o que dizem ser brutalidade policial e prisões ilegais.
Uma importante autoridade de Hong Kong disse que o governo estava planejando criar um comitê independente para analisar o tratamento da crise, na qual as manifestações se tornaram cada vez mais violentas desde que começaram, há mais de cinco meses.
Hong Kong está relativamente calma desde que as eleições locais na semana passada deram uma vitória esmagadora aos candidatos pró-democracia. Ainda assim, os ativistas parecem dispostos a manter o ritmo de seus movimentos.
"Eu saí para o protesto pacífico em junho, quando havia mais de um milhão de pessoas, mas o governo não atendeu às nossas demandas", disse uma mulher de 71 anos, que se identificou como Ponn, no distrito central de Hong Kong.
Ela levou seu próprio banco de plástico para participar de um protesto entre gerações de algumas centenas de pessoas no Chater Garden da cidade. Os idosos de Hong Kong, alguns com viseiras e bengalas, não ficavam longe dos jovens manifestantes vestidos de preto. Todos ouviram oradores pró-democracia em um encontro marcado pela música e um clima festivo.
"Vi tanta brutalidade policial e prisões ilegais. Não é Hong Kong que conheço. Vim hoje porque quero que o governo saiba que não estamos felizes com o que fizeram à nossa geração", disse Ponn, que compareceu com a filha e o genro.
(Por Kate O'Donnell-Lamb e Felix Tam)