SANTIAGO (Reuters) - Autoridades da Igreja Católica da cidade chilena de Rancagua suspenderam 14 padres, na terça-feira, enquanto eles são investigados por "conduta imprópria", em um desdobramento que pode aprofundar a crise que a Igreja enfrenta devido a acusações de abuso sexual.
As suspensões foram anunciadas depois de uma reunião de 68 padres da diocese de Rancagua, localizada ao sul da capital Santiago.
"Medidas de precaução foram adotadas", disse Gabriel Becerra, vigário-geral de Rancagua, a repórteres.
Mais cedo na terça-feira, o Vaticano informou que o papa Francisco receberá um segundo grupo de vítimas de abusos sexuais de membros do clero do Chile dias depois de todos os bispos do país oferecerem sua renúncia devido ao escândalo.
O papa se reuniu no início deste mês com três homens que foram vítimas de um padre acusado de abusar de meninos em Santiago nos anos 1970 e 1980. O segundo grupo incluirá padres que também foram abusados pelo mesmo religioso, disse o Vaticano.
Os cinco homens, acompanhados de dois outros padres que os ajudaram e dois leigos, verão o pontífice entre os dias 1º e 3 de junho.
Em um comunicado subsequente, a diocese de Rancagua relatou que a informação foi fornecida à Procuradoria e que, em obediência ao código canônico, os antecedentes foram enviados ao Vaticano.
"Lamentamos profundamente qualquer ato ou situação que viole os valores e princípios que sustentam nossa Igreja Católica e queremos expressar nossa solidariedade às vítimas", disse um comunicado divulgado mais tarde pela diocese.
(Por Antonio De La Jara)