BUDAPESTE (Reuters) - Cerca de 100 imigrantes começaram uma greve de fome nesta segunda-feira em um centro de detenção na Hungria, exigindo que sejam autorizados a sair, disse a autoridade de imigração do país.
O Serviço de Imigração e Cidadania informou que 94 dos 102 imigrantes no campo de Bekescsaba, na fronteira com a Romênia, estavam participando do movimento.
"A maioria das pessoas em greve de fome está sob os procedimentos de Dublin, uma vez que deixaram ilegalmente o país de primeira entrada na União Europeia", disse a agência à Reuters em uma declaração por e-mail.
"Os manifestantes em greve de fome sinalizaram suas demandas por escrito, principalmente reclamando de serem detidos e pediram para ser autorizados a sair", disse.
A agência acrescentou que os manifestantes se queixaram de terem tido suas impressões digitais coletadas, pois não têm intenção de ficar na Hungria.
Um pedido online de ajuda por "Zanyar Faraj", que afirma ser um porta-voz dos imigrantes em Bekescsaba, pediu melhores condições no local. Ele disse que muitos presos estavam doentes e deprimidos.
"Nossos advogados foram em uma missão de monitoramento de direitos humanos no campo de detenção de Bekescsaba há um mês", disse Marta Pardavi, co-presidente do Comitê Húngaro de Helsinque, um grupo de direitos de asilo.
"A maioria (dos imigrantes) vem de circunstâncias que a torna susceptível de sofrer um trauma psicológico. Até onde sabemos, a situação no acampamento é calma por enquanto."