BERLIM (Reuters) - Investigadores encontraram impressões digitais do tunisiano suspeito pelo ataque a um mercado natalino de Berlim na porta do caminhão que foi lançado contra a multidão e matou 12 pessoas, relatou a mídia alemã nesta quinta-feira, em meio a uma caçada nacional pelo imigrante.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque, no qual um caminhão foi atirado contra barracas de madeira que vendiam vinho quente e salsichas na noite de segunda-feira. Foi o atentado mais mortífero na Alemanha desde 1980.
A mídia não identificou a fonte da reportagem sobre as digitais de Anis Amri, e a polícia não quis comentar quando foi contatada pela Reuters.
O ataque em Berlim despertou temores em toda a Europa devido à proximidade do Natal, e mercados da França, que foi alvo de uma série de ações de militantes ao longo do ano passado, reforçaram a segurança com barreiras de concreto. Soldados também estão sendo posicionados em igrejas.
O mercado berlinense reabriu nesta quinta-feira cercado de pilares de concreto.
A polícia de Dortmund, cidade do oeste alemão, prendeu quatro pessoas que mantinham contato com Amri, segundo reportagens, mas o porta-voz do procurador-geral da Alemanha negou a notícia e disse que não dará maiores detalhes sobre a operação para não colocá-la em risco.
O jornal Bild citou um investigador antiterrorismo segundo o qual durante a primavera local ficou claro que o suspeito tunisiano de 24 anos estava procurando cúmplices para um ataque e que estava interessado em armas.
A reportagem diz que em março foram iniciados procedimentos preliminares contra Amri baseados em informações de que ele planejava um roubo para obter dinheiro para comprar armas automáticas e "possivelmente realizar um ataque com elas e outros cúmplices".