Por Ismail Shakil
OTTAWA (Reuters) - Os incêndios florestais que já bateram recordes históricos no Canadá podem continuar queimando em uma taxa anormalmente alta por várias semanas, embora a propagação das chamas deva começar a diminuir em setembro, apontaram projeções federais divulgadas nesta sexta-feira.
Os incêndios florestais envolveram áreas de quase todas as 13 províncias e territórios canadenses neste ano, forçando a desocupação de casas, interrompendo a produção de energia e atraindo recursos federais e internacionais de combate a incêndios. Quatro bombeiros morreram enquanto lutavam contra o fogo.
Até o momento, cerca de 134.000 quilômetros quadrados de terras foram queimados, mais de seis vezes a média de 10 anos, e quase 168.000 tiveram de ser retiradas em algum momento nesta temporada.
"Este verão se transformou em uma maratona desafiadora", disse Michael Norton, oficial do Serviço Florestal Canadense, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
"Nossas projeções mais recentes indicam que o potencial para atividades de incêndio acima do normal permanece em grande parte do Canadá em agosto e setembro", disse Norton.
Segundo o oficial, o início simultâneo de incêndios em todo o país é "praticamente inédito" e em grande parte devido às condições de seca que continuam a se intensificar em algumas áreas e contribuirão para a atividade contínua de incêndios até o final do verão.
"Em setembro, prevemos que a área potencial de risco extremo se tornará um pouco menor... (entretanto) grandes incêndios existentes continuarão queimando ou latentes e novos incêndios problemáticos podem ocorrer em qualquer lugar."
(Reportagem de Ismail Shakil em Ottawa)