JACARTA (Reuters) - A polícia da Indonésia prendeu um homem suspeito de ser um militante islamista e confiscou uma grande quantidade de materiais para fabricação de bombas que ele teria planejado usar em ataques contra prédios do governo e a embaixada de Mianmar em Jacarta no mês que vem, disse um porta-voz da polícia.
O suspeito foi identificado como Rio Priatna Wibawa, de 23 anos, que se acredita ser membro de um grupo indonésio que apoia o Estado Islâmico.
A mídia local noticiou que a quantidade de explosivos confiscada teria resultado em uma explosão duas vezes mais poderosa que a bomba que matou 202 pessoas em uma boate em Bali em 2002.
Wibawa, que estudou ciências agrícolas na universidade e estava desempregado, aprendeu sozinho a fazer bombas e planejava distribuir explosivos em vários locais ao longo da Indonésia, disse o porta-voz da polícia Boy Rafli Amar, neste sábado.
A Indonésia tem sofrido uma série de atentados ligados ao Estado Islâmico neste ano, dos quais o maior foi um ataque com armas e bombas na capital Jacarta, que deixou quatro mortos em janeiro.
Autoridades estão preocupadas com um ressurgimento do radicalismo e afirmam que há centenas de simpatizantes do Estado Islâmico na Indonésia, lar da maior população islâmica do mundo.
Recentemente, a raiva tem crescido em nações de maioria islâmica no Sudeste da Ásia, como Indonésia e Malásia, em meio a uma repressão de muçulmanos do grupo rohingya em Mianmar, levando a manifestações em várias cidades, incluindo Jacarta.