PEQUIM (Reuters) - A inflação anual ao consumidor da China atingiu mínima de cinco anos em janeiro enquanto a deflação ao produtor piorou destacando o aprofundamento da fraqueza na economia e aumentando a pressão sobre as autoridades para injetarem mais estímulo com o objetivo de sustentar o crescimento.
O risco de deflação está aumentando para a segunda maior economia do mundo uma vez que a contração do mercado imobiliário e o excesso de capacidade da indústria somam-se ao cenário de incerteza global e à queda dos preços das commodities.
A Agência Nacional de Estatísticas informou nesta terça-feira que o índice de preços ao consumidor da China subiu 0,8 por cento em janeiro na comparação com o ano anterior, contra expectativas de alta de 1 por cento, marcando a leitura mais fraca desde novembro de 2009.
"Os dados de hoje confirmaram a desaceleração econômica em janeiro, ao mesmo tempo em que a intensificação da desinflação vai pesar mais sobre as margens de lucro das empresas", disse a economista do HSBC Julia Wang.
"Isso eleva à necessidade de mais afrouxamento monetário. Continuamos a esperar outro corte de 0,25 ponto percentual nos juros no primeiro trimestre."
Analistas também disseram que a deflação ao produtor continua uma grande preocupação. O índice de preços ao produtor caiu 4,3 por cento em janeiro sobre o ano anterior, contra expectativa de queda de 3,8 por cento, chegando a quase três anos de deflação.
(Reportagem de Judy Hua e Kevin Yao)