BEIRUTE (Reuters) - Um grupo que monitora a guerra na Síria disse neste sábado que insurgentes islamistas mataram a tiros 56 integrantes das forças do governo sírio, em uma execução em massa numa base aérea do Exército capturada este mês no noroeste da Síria.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que a execução coletiva na base aérea de Abu al-Duhur ocorreu alguns dias atrás, citando fontes no local. A base aérea na província de Idlib foi capturada por uma aliança de grupos, incluindo a Frente Nusra ligada à Al Qaeda, em 9 de setembro.
"Confirmamos ontem à noite, por meio de pessoas que testemunharam o acontecimento e de fotos que chegaram – a execução aconteceu", disse o diretor do Observatório, Rami Abdulrahman, por telefone.
O Observatório disse que as execuções foram perpetradas pela Frente Nusra, o Partido Islâmico do Turquistão e outros grupos islamistas. O Partido Islâmico do Turquistão é um dos grupos que guerreiam no noroeste da Síria, onde assumiu participação em uma série de grandes ofensivas insurgentes este ano.
Quando a base aérea foi capturada pelos insurgentes, a TV estatal síria disse que as forças que a defendiam tinham se retirado após dois dias de cerco. O local era a última posição dos militares sírios na província de Idlib.
O Observatório afirmou que um total de 71 integrantes das forças do governo tinham sido executados na base aérea de Abu al-Duhur desde sua captura.