(Reuters) - O investidor bilionário Kenneth Griffin pediu que a Universidade de Harvard, sua alma mater, abrace os "valores ocidentais", dizendo que os tumultos nos campi universitários são fruto de uma "revolução cultural" na educação dos Estados Unidos.
Fundador do fundo de hedge norte-americano Citadel, Griffin disse em entrevista ao Financial Times que, ao longo da última década, os Estados Unidos "perderam de vista a educação como meio de buscar a verdade e adquirir conhecimento".
“Harvard deveria colocar na frente e no centro (que) representa a meritocracia na América...”, disse. Griffin acrescentou ainda que as escolas deveriam “adotar os valores ocidentais que construíram uma das maiores nações do mundo”.
Griffin já doou mais de meio bilhão de dólares para a Universidade de Harvard e disse, em janeiro, que suspendeu as doações para a escola devido à forma como ela vinha lidando com o anti-semitismo no campus.
“O que estamos vendo agora é o produto final desta revolução cultural na educação americana que se desenrola nos campi, em particular, usando o paradigma do opressor e do oprimido”, disse ao jornal.
“Os protestos nos campi universitários são quase uma arte performática...”, disse. “A liberdade de expressão não dá o direito de invadir um edifício ou vandalizá-lo”, acrescentou. "Isso não é liberdade de expressão. É apenas anarquia".
Os comentários de Griffin ocorrem em meio a prisões de dezenas de ativistas pró-palestinos que protestaram em universidades por todo o país em manifestações que agitaram os campi dos Estados Unidos.
Os estudantes que protestam exigem um cessar-fogo na incursão de Israel em Gaza e exigiram que as suas escolas sejam alienadas de empresas com ligações a Israel.
(Reportagem de Akanksha Khushi em Bengalore)