WASHINGTON (Reuters) - O Irã pode estar por trás do ataque de quinta-feira à base aérea iraquiana de Balad, disse uma autoridade do Departamento de Estado norte-americano nesta sexta-feira, mas acrescentou que Washington aguarda mais evidências.
Militares iraquianos disseram na quinta-feira que dois foguetes Katyusha atingiram a base aérea de Balad, que abriga forças dos Estados Unidos e contratados e está localizado 80 quilômetros ao norte de Bagdá.
Nenhuma vítima ou dano foi relatado no ataque pelo qual não houve reivindicação imediata de responsabilidade.
"Estamos aguardando evidências completas, mas se o passado é prólogo, há uma boa chance de o Irã estar por trás disso", disse David Schenker, secretário-adjunto de Assuntos do Oriente Próximo, a repórteres.
Na terça-feira, cinco foguetes atingiram a base aérea de Ain Al-Asad, que hospeda forças dos EUA na província de Anbar, no oeste do Iraque, sem causar vítimas.
Schenker chamou os ataques crescentes de "grande preocupação", e disse que o Irã se tornou mais agressivo nos últimos cinco a seis meses. "Os iranianos muitas vezes, ou certamente no passado, adotaram ações agressivas quando se sentem pressionados", disse ele.
Os Estados Unidos aumentaram as sanções econômicas contra o Irã depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se de um pacto nuclear de 2015 entre Teerã e as potências mundiais.
Em resposta, Teerã permaneceu desafiador e reverteu compromissos assumidos no acordo de 2015, que tinha o objetivo de impedir o Irã de desenvolver armas nucleares. O Irã também está irritado com a falta de proteção europeia contra as sanções dos EUA.
(Reportagem de Humeyra Pamu)