DUBAI (Reuters) - O Irã não desistirá de seus planos de vingar o assassinato do então comandante da Força Quds, Qassem Soleimani, pelos Estados Unidos em 2020, apesar de "ofertas regulares" de Washington para suspender sanções e fornecer outras concessões em troca, disse uma autoridade de alto escalão nesta quinta-feira.
Ao longo do ano passado, o Irã e os Estados Unidos tiveram conversas indiretas em Viena para reviver um acordo nuclear de 2015, que foi abandonado por Washington em 2018 pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, e posteriormente violado por Teerã.
"O inimigo continua enviando mensagens de que, se desistirmos de vingar Soleimani, eles nos darão algumas concessões ou suspenderão algumas sanções", disse o comandante da Marinha da Guarda Revolucionária, Alireza Tangsiri. "Isso é pura fantasia. O líder supremo enfatizou a necessidade de vingança e o principal comandante da Guarda Revolucionária disse que a vingança é inevitável e que escolheremos a hora e o lugar para ela."
Não houve resposta imediata dos Estados Unidos ao comentário de Tangsiri.
Trump reimpôs sanções ao Irã, que em resposta impulsionou seu programa de enriquecimento nuclear além dos limites do acordo firmado com potências mundiais que buscava dificultar para o Irã o desenvolvimento de uma bomba nuclear. O Irã diz que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos.
Soleimani, que chefiava a Força Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária, foi morto por ataques aéreos norte-americanos em janeiro de 2020, durante uma visita à capital do Iraque, Bagdá.
(Por redação de Dubai)