DUBLIN (Reuters) - A Irlanda se tornou o mais recente de uma série de países europeus a restringir o uso da vacina da AstraZeneca (LON:AZN) contra a Covid-19, recomendando nesta segunda-feira que ela seja aplicada apenas em pessoas com mais de 60 anos, apresentando um novo desafio à vacinação no país.
A investigação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) sobre coágulos sanguíneos no cérebro registrados por pessoas que tomaram o imunizante da AstraZeneca levou um número cada vez maior de países europeus a mudar suas recomendações sobre quem deve receber a vacina.
A EMA alterou sua orientação sobre o medicamento ao encontrar possíveis conexões dos casos muito raros de coágulos sanguíneos com contagens baixas de plaquetas no sangue, embora diga que as vantagens da vacina ainda superam os riscos.
O serviço de saúde da Irlanda cancelou os atendimentos da AstraZeneca marcados para a terça-feira enquanto as vacinações planejadas são realocadas entre as idades.
"Isso não terá exatamente um impacto material ou causará um atraso no programa de vacinação em nível populacional", afirmou o vice-diretor executivo médico da Irlanda, Ronan Glynn, em entrevista coletiva.
Autoridades disseram que pessoas com menos de 60 anos que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca e não possuem condições médicas de alto risco devem esperar 16 semanas ao invés de 12 semanas para receberem a segunda dose, permitindo assim que mais avaliações se tornem disponíveis.
(Reportagem de Padraic Halpin)