Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - As Forças Armadas israelenses convocaram reservistas nesta segunda-feira para uma possível escalada das hostilidades com os palestinos na Faixa de Gaza, onde o Hamas disse que seis de seus combatentes foram mortos em ataques aéreos, o que Israel negou.
O Hamas prometeu vingança pelo que disse ter sido o ataque mais letal da onda de violência desencadeada pelo sequestro e morte de três jovens israelenses e um adolescente palestino.
Militantes palestinos mantiveram os rotineiros ataques com foguetes contra o território israelense ao mesmo tempo que os linhas-duras na coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu faziam pressão por medidas mais pesadas contra o Hamas, a força dominante na Faixa de Gaza.
Um porta-voz militar israelense, tenente coronel Peter Lerner, afirmou que a aviação havia bombardeado "instalações do terror e lançadores de foguetes ocultos", mas não atacou a área de Rafah, no sul do enclave, onde morreram os homens do Hamas.
Lerner declarou ainda que os disparos de foguete de Gaza contra Israel por combatentes do Hamas significam que "agora os militares israelenses estão falando em preparativos para uma escalada". As Forças Armadas convocaram centenas de reservistas e estão prontas para mobilizar um total de 1.500 soldados, disse.
Pela manhã o braço armado do Hamas afirmou que seis de seus membros tinham sido mortos nos ataques aéreos e um outro fora retirado dos escombros gravemente ferido. Esse foi o maior número de mortes entre os militantes do Hamas desde a guerra em Gaza no final de 2012.
Os militares israelenses disseram que a aviação teve como alvo "instalações do terrorismo e lançadores de foguetes escondidos ao longo da Faixa de Gaza", depois que cerca de 25 projéteis foram disparados contra Israel no domingo.
Os disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza, território sob controle do Hamas, continuaram nesta segunda-feira e um soldado israelense ficou ferido, disse o Exército do país.
A tensão entre israelenses e palestinos se elevou por causa do assassinato de três adolescentes judeus na Cisjordânia, região sob ocupação de Israel, o qual o país atribuiu ao Grupo Hamas, e de um garoto palestino de 16 anos em Jerusalém Oriental.
Israel anunciou nesta segunda-feira ter prendido seis judeus suspeitos do assassinato de Mohamed Abu Khudair, aparentemente por vingança. O corpo carbonizado de Khudair foi encontrado em Jerusalém na quarta-feira, um dia depois do enterro de Naftali Fraenkel e Gil-Ad Shaer, ambos de 16 anos, e de Eyal Yifrah, de 19 anos.