Por Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - A Itália deu início a uma limitada missão naval nesta quarta-feira para ajudar a guarda-costeira da Líbia a conter fluxo de imigrantes, que se tornou uma fonte de atrito político antes das eleições nacionais, marcadas para o início do ano que vem.
Um barco de patrulha italiano entrou em águas líbias e seguiu em direção ao porto de Trípoli minutos após uma votação no Parlamento da Itália que autorizava o envio. Uma segunda embarcação deve se juntar ao barco de patrulha nos próximos dias.
A Itália anunciou a operação na semana passada, dizendo ter sido solicitada pelo governo da Líbia apoiado pela Organização das Nações Unidas. A Itália inicialmente esperava enviar seis embarcações para águas territoriais líbias, mas os planos tiveram que ser reduzidos após protestos de Trípoli.
“(Nós iremos) fornecer apoio logístico, técnico e operacional para embarcações navais líbias, ajudando-as e apoiando-as em ações compartilhadas e coordenadas”, disse a ministra da Defesa italiana, Roberta Pinotti, antes da votação desta quarta-feira.
“Não haverá nenhum prejuízo ou ligeiro prejuízo à soberania líbia, porque...nosso objetivo é fortalecer a soberania líbia”, disse ao Parlamento, destacando que a Itália não possui intenção de impor um bloqueio na costa da Líbia.