Por Kaori Kaneko e Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - A economia do Japão se prepara para sua pior contração pós-guerra mesmo que a atividade tenha contraído menos do que o inicialmente calculado no primeiro trimestre, conforme a crise do coronavírus afeta o crescimento global e aumenta a pressão sobre Tóquio para aliviar o impacto às empresas e aos consumidores.
Os bancos estão fazendo sua parte para ajudar já que o empréstimo aumentou em maio no ritmo anual mais rápido já registrado, um sinal de que as empresas estão buscando empréstimos para atender a necessidades imediatas de financiamento.
A terceira maior economia do mundo encolheu a uma taxa anualizada de 2,2% entre janeiro e março, mostraram dados revisados nesta segunda-feira, menos do que a contração de 3,4% indicada em leitura preliminar, já que os gastos de capital tiveram desempenho melhor do que o esperado. Analistas esperavam uma contração de 2,1%.
Mas poucos analistas mostraram-se esperançosos sobre as perspectivas para o ano já que os dados de gastos de capital usados para calcular os números revisados não tiveram respostas suficientes --a maioria das empresas em dificuldades parece não ter participado da pesquisa --e serão revisados em julho.
No geral, a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) desta segunda-feira confirmou que o Japão caiu em recessão --definida como dois trimestres seguidos de contração-- pela primeira vez em quatro anos e meio, mesmo antes de as medidas para conter o coronavírus terem sido adotadas em abril.
"A revisçao para cima do PIB do primeiro trimestre na estimativa revisada é um pobre consolo já que a produção está despencando neste trimestre", disse Tom Learmouth, economista do Capital Economics.