Por David Morgan e Katharine Jackson
WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos deverá realizar uma terceira votação para preencher a vaga de presidente da Casa, nesta sexta-feira, mas os republicanos que a controlam não parecem estar mais próximos de resolver uma batalha pela liderança que paralisa a Câmara por mais de duas semanas.
O conservador Jim Jordan, que fracassou duas vezes nesta semana na busca de conquistar o cargo, fará uma terceira tentativa nesta sexta-feira.
Seus oponentes dizem que, desta vez, ele provavelmente se sairá pior do que antes.
As brigas internas republicanas deixaram o Congresso incapaz de agir em relação ao pedido de ajuda do presidente norte-americano, Joe Biden, para Ucrânia e Israel.
A maioria republicana, estreita e dividida, não conseguiu se unir em torno de Jordan ou de qualquer outro candidato para substituir Kevin McCarthy, que foi deposto por alguns membros do partido em 3 de outubro. Eles também não chegaram a um acordo sobre um plano alternativo que permitiria que a Câmara aprovasse a legislação.
Jordan não conseguiu obter os 217 votos necessários para assumir como presidente da Câmara nas votações de terça e quarta-feira.
Ele se reuniu em particular na quinta-feira com alguns dos 22 republicanos que votaram contra ele.
Mas os relutantes, alguns dos quais receberam ameaças de morte, disseram que não se comoveram.
"Todos nós dissemos a ele que somos um sólido não. Essa foi a discussão. Agora ele tem uma decisão a tomar", afirmou o deputado republicano Vern Buchanan aos repórteres após a reunião.
Os republicanos controlam a Câmara por uma margem de 221 a 212, e Jordan não obteve mais de 200 votos até o momento.
Uma terceira votação fracassada poderia levar Jordan a desistir, o que abriria caminho para o surgimento de outros candidatos. Mas não está claro se os republicanos conseguirão se unir em torno de qualquer um deles.