SÃO PAULO (Reuters) - Um jogador de futebol panamenho criticou as autoridades futebolísticas do Peru por não fazerem nada para deter o racismo no país, depois de sair de campo durante uma partida da primeira divisão por ter sofrido ofensas que ele diz terem ficado impunes.
Luis Tejada, atacante do time Juan Aurich, chutou a bola para a arquibancada e deixou o gramado aos 25 minutos do segundo tempo do jogo de domingo contra o Cienciano.
"Não consegui aguentar mais, e só saí depois de chutar a bola longe para protestar, e por causa da impotência que senti quando vi que ninguém fazia nada", disse Tejada.
Ele foi penalizado com cartão amarelo pelo chute, e alguns jogadores do Cienciano pediram aos torcedores que se contivessem. Tejada se recusou a voltar e o Cienciano venceu a partida por 2 x 0.
"Deixo isto nas mãos das autoridades para que possam fazer algo para acabar com este racismo", escreveu Tejada em seu site.
"Não estamos progredindo, e é a mesma coisa uma vez atrás da outra. Por quanto tempo?", indagou.
O incidente foi o segundo envolvendo Tejada em cinco meses. Em outubro passado, ele sofreu provocações quando jogava com o
Deportivo Universidad César Vallejo contra o Sporting Cristal.
O problema do racismo no futebol se tornou uma questão séria na América do Sul nos últimos anos, e as autoridades do Peru e do Brasil, entre outras, foram exortadas a reprimir a discriminação.
(Por Andrew Downie) OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150302T150533+0000